quarta-feira, 28 de janeiro de 2015



Um Texto Inteiro Escrito Sem a Letra “A”... É Possível, Sim!

Rico é o português e fértil em recursos diversos, tudo isso permitindo mesmo o que de início, e somente de início, se pode ter como impossível. Pode-se dizer tudo, com sentido completo, mesmo sendo como se isto fosse mero ovo de Colombo.
Desde que se tente sem se pôr inibido pode muito bem o leitor empreender este belo exercício, dentro do nosso fecundo e peregrino dizer português, puríssimo instrumento dos nossos melhores escritores e mestres do verso, instrumento que nos legou monumentos dignos de eterno e honroso reconhecimento
Trechos difíceis se resolvem com sinônimos. Observe-se bem: é certo que, em se querendo esgrime-se sem limites com este divertimento instrutivo. Brinque-se mesmo com tudo. É um belíssimo esporte do intelecto, pois escrevemos o que quisermos sem o "E" ou sem o "I" ou sem o "O" e, conforme meu exclusivo desejo, escolherei outro, discorrendo livremente, por exemplo sem o "P", "R" ou "F", o que quiser escolher, podemos, em corrente estilo, repetir um som sempre ou mesmo escrever sem verbos.
Com o concurso de termos escolhidos, isso pode ir longe, escrevendo-se todo um discurso, um conto ou um livro inteiro sobre o que o leitor melhor preferir. Porém mesmo sem o uso pernóstico dos termos difíceis, muito e muito se prossegue do mesmo modo, discorrendo sobre o objeto escolhido, sem impedimentos. Deploro sempre ver moços deste século inconscientemente esquecerem e oprimirem nosso português, hoje culto e belo, querendo substituí-lo pelo inglês. Por quê?
Cultivemos nosso polifônico e fecundo verbo, doce e melodioso, porém incisivo e forte, messe de luminosos estilos, voz de muitos povos, escrínio de belos versos e de imenso porte, ninho de cisnes e de condores.
Honremos o que é nosso, ó moços estudiosos, escritores e professores. Honremos o digníssimo modo de dizer que nos legou um povo humilde, porém viril e cheio de sentimentos estéticos, pugilo de heróis e de nobres descobridores de mundos novos.

Autor: Desconhecido

Disponível em: <http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/2128979> Acessado em: 23/12/2014.




Concurso Público

O filho termina o segundo grau e não tem vontade de fazer uma faculdade
O pai, meio mão de ferro, dá um apertão:
- Ahh, não quer estudar? Bem, perfeito. Vadio dentro de casa eu não mantenho, então vai trabalhar...

O velho, que tem muitos amigos, fala com um deles, que fala com outro até que ele consegue uma audiência com um político que foi seu colega lá na época de muito tempo atrás:

- Rodrigues!!! Meu velho amigo!!! Tu se lembras do meu filho? Pois é, terminou o segundo grau e anda meio à toa, não quer estudar. Será que tu não consegue nada pro rapaz não ficar em casa vagabundando?

Após 3 dias, Rodrigues liga:

- Zé, já tenho. Assessor na Comissão de Saúde no Congresso, R$ 13.700,00 por mês, prá começar.
- Tu tá loco!!! O guri recém terminou o colégio, não vai querer estudar mais, consegue algo mais abaixo...

Dois dias depois:

- Zé, secretário de um deputado, salário modesto, R$ 9.800,00, tá bom assim?
- Nãooooo, Rodrigues, algo com um salário menor, eu quero que o guri tenha vontade de estudar depois. Consegue outra coisa.

- Zé, não sei se ele vai aceitar, mas tem um de assessor da câmara, que é só de R$ 6.500,00...
- Não, não ainda é muito, aí que ele não estuda mais mesmo.

- Olha Zé, a única coisa que eu posso conseguir é um carguinho de ajudante de arquivo, alguma coisa de informática, mas aí o salário é uma merreca, R$ 3.800,00 por mês e nada mais...
- Rodriguez, isso não, por favor, alguma coisa de 600,00 a 1.200,00 no máximo.
- Isso é impossível Zé!
- Mas, por quê?
- PORQUE com este salário aí eu só tenho vaga pra professor , e aí precisa de CURSO SUPERIOR, MESTRADO, DOUTORADO... Aí é difícil porque precisa passar em concurso!






Sobre a Vírgula



Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI
 (Associação Brasileira de Imprensa).

 Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
 Não, espere.
 Não espere..

 Ela pode sumir com seu dinheiro.
 23,4.
 2,34.

 Pode criar heróis..
 Isso só, ele resolve.
 Isso só ele resolve.

 Ela pode ser a solução.
 Vamos perder, nada foi resolvido.
 Vamos perder nada, foi resolvido.

 A vírgula muda uma opinião.
 Não queremos saber.
 Não, queremos saber.

 A vírgula pode condenar ou salvar.
 Não tenha clemência!
 Não, tenha clemência!

 Uma vírgula muda tudo.
 ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.



SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.

 
* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...
 * Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.

Disponível em: http://www.recantodasletras.com.br/gramatica/1662189 Acessado em: 11/11/2014.



"O Professor Está Sempre Errado"

 Jó Soares



O que é ser professor?  Esta parece uma pergunta retórica, mas só parece!  Este questionamento está na base das discussões pedagógicas, filosóficas, sociológicas, antropológicas e históricas sobre a atividade docente.  Muito se tem produzido teoricamente sobre o assunto.  Porém, na prática, no dia a dia das instituições nas quais realizamos nossas atividades, vivemos um clima de "cada um por sí e salve-se quem puder".  Ademais, os espaços de sociabilidades institucionais que ocorrem geralmente no início de cada semestre, as chamadas "Semanas Pedagógicas",  que deveriam ser voltadas à reflexão sobre a prática, com felizes exceções, são vistas pela maioria dos professores (pressionados a participar) como mera "perda de tempo" uma vez que são organizadas variavelmente com: dinâmicas de integração (que nem todos gostam), apresentação das regras institucionais (previamente decididas pela direção) uma ou outra palestra com professor pesquisador sobre temas pedagógicos (algumas vezes sem relação direta com a prática).  Soma-se a tudo isso a resistência de muitos professores, experientes ou não, com formação pedagógica ou não, em refletir sobre a sua prática.  
Não é à toa que se reproduzam, neste contexto de desvalorização da atividade docente, frases, textos, imagens e ideias que expressam determinadas representações do "Ser professor" e da Educação.  Vez por outra recebemos alguma em nossas caixas de mensagens, rimos muito (ou poderíamos chorar) e repassamos aos demais colegas.   Essas mensagens, no entanto, são carregadas de ideologias que indicam, em parte, o que se não acreditamos, acabamos por legitimar com a sua divulgação, algumas vezes incluindo comentários sarcásticos ou desanimados no cabeçalho.  Há também aquelas que supervalorizam a profissão ou a romantizam.  Felizmente é possível encontrar textos provocativos que, com humor refinado e assumindo uma perspectiva dialética, conseguem expressar a complexidade da questão, nos impelindo à reflexão. 
Inauguro neste blog uma página para postar, comentar e receber comentários sobre as representações do professor presentes nestes textos, afim de aprimorarmos o debate franco e consciente sobre a nossa prática e nos contrapormos às ideias deturpadas e parciais sobre a nossa profissão.
Para inaugurar  essa seção e provocar o início deste debate trago a crônica de Jô Soares "O Professor Está Sempre Errado".


O Professor Está Sempre Errado


O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!
Se É jovem, não tem experiência.
Se É velho, está superado.
Se Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Se Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.
Se Fala em voz alta, vive gritando.
Se Fala em tom normal, ninguém escuta.
Se Não falta ao colégio, é um 'caxias'.
Se Precisa faltar, é um 'turista'.
Se Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
Se Não conversa, é um desligado.
Se Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Se Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Se Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Se Não brinca com a turma, é um chato.
Se Chama a atenção, é um grosso.
Se Não chama a atenção, não sabe se impor.
Se A prova é longa, não dá tempo.
Se A prova é curta, tira as chances do aluno.
Se Escreve muito, não explica.
Se Explica muito, o caderno não tem nada.
Se Fala corretamente, ninguém entende.
Se Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.
Se Exige, é rude.
Se Elogia, é debochado.
Se O aluno é reprovado, é perseguição.
Se O aluno é aprovado, deu 'mole'
É, o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!


 (Jô Soares)





Poesia sobre os elementos

"Seja terra", disse o mestre. "A terra recebe os desejos de homens e animais, e não é perturbada por isso; muito pelo contrario, transforma as impurezas em adubo, e fertiliza o campo."

"Seja água", disse o mestre. "A água limpa a si mesma, e limpa tudo aquilo que toca. Seja água em torrente."

"Seja fogo", disse o mestre. "O fogo faz a madeira podre transformar-se em luz e calor. Seja o fogo que queima e purifica."

"Seja vento", disse o mestre. "O vento espalha as sementes sobre a terra, faz o fogo arder com mais brilho, empurra as nuvens - para que a água caia sobre todos os homens."

"Se você tiver a paciência da terra, a pureza da água, a força do fogo, e a justiça do vento, você está livre"

(sem autor)



"Aula de leitura"                                                                                                       Ricardo Azevedo 

A leitura é muito mais
do que decifrar palavras.
Quem quiser parar pra ver
pode até se surpreender:
vai ler nas folhas do chão,
se é outono ou se é verão;
nas ondas soltas do mar,
se é hora de navegar;
e no jeito da pessoa,
se trabalha ou se é à-toa;
na cara do lutador,
quando está sentindo dor;
vai ler na casa de alguém
o gosto que o dono tem;
e no pêlo do cachorro,
se é melhor gritar socorro;
e na cinza da fumaça,
o tamanho da desgraça;
e no tom que sopra o vento,
se corre o barco ou vai lento;
também na cor da fruta,
e no cheiro da comida,
e no ronco do motor,
e nos dentes do cavalo,
e na pele da pessoa,
e no brilho do sorriso,
vai ler nas nuvens do céu,
vai ler na palma da mão,
vai ler até nas estrelas
e no som do coração.
Uma arte que dá medo
é a de ler um olhar,
pois os olhos têm segredos
difíceis de decifrar.

Poema extraído do livro: AZEVEDO, Ricardo. Dezenove poemas desengonçados. São Paulo: Ática,1999.


Pá, Pá, Pá (Pois sim, e Pois não)

A americana estava há pouco tempo no Brasil. Queria aprender o português depressa, por isto prestava muita atenção em tudo que os outros diziam. Era daquelas americanas que prestam muita atenção.
Achava curioso, por exemplo, o “pois é”. Volta e meia, quando falava com brasileiros, ouvia o “pois é”. Era uma maneira tipicamente brasileira de não ficar quieto e ao mesmo tempo não dizer nada. Quando não sabia o que dizer, ou sabia mas tinha preguiça, o brasileiro dizia “pois é”. Ela não aguentava mais o “pois é”.
Também tinha dificuldade com o “pois sim” e o “pois não”. Uma vez quis saber se podia me perguntar uma coisa.
- Pois não – disse eu, polidamente.
- É exatamente isso! O que quer dizer “pois não”?
- Bom. Você me perguntou se podia fazer uma pergunta. Eu disse “pois não”. Quer dizer, “pode, esteja à vontade, estou ouvindo, estou às suas ordens…”
- Em outras palavras, quer dizer “sim”.
- É.
- Então por que não se diz “pois sim”?
- Porque “pois sim” quer dizer “não”.
- O quê?!
- Se você disser alguma coisa que não é verdade, com a qual eu não concordo, ou acho difícil de acreditar, eu digo “pois sim”.
- Que significa “pois não”?
- Sim. Isto é, não. Porque “pois não” significa “sim”.
- Por quê?
- Porque o “pois”, no caso, dá o sentido contrário, entende? Quando se diz “pois não”, está-se dizendo que seria impossível, no caso, dizer “não”. Seria inconcebível dizer “não”. Eu dizer não? Aqui, ó.
- Onde?
- Nada. Esquece. Já “pois sim” quer dizer “ora, sim!”. “Ora se aceitar isso.” “Ora, não me faça rir. Rá, rá,rá.”
- “Pois” quer dizer “ora”?
- Ahn… Mais ou menos.
- Que língua!
Eu quase disse: “E vocês, que escrevem ‘tough’ e dizem ‘tâf’?”, mas me contive. Afinal, as intenções dela eram boas. Queria aprender. Ela insistiu:
- Seria mais fácil não dizer o “pois”.
Eu já estava com preguiça.
- Pois é.
- Não me diz “pois é”!
Mas o que ela não entendia mesmo era o “pá, pá, pá”.
- Qual o significado exato de “pá, pá, pá”.
- Como é?
- “Pá, pá, pá”.
- “Pá” é pá. “Shovel”. Aquele negócio que a gente pega assim e…
- “Pá” eu sei o que é. Mas “pá” três vezes?
- Onde foi que você ouviu isso?
- É a coisa que eu mais ouço. Quando brasileiro começa a contar história, sempre entra o “pá, pá, pá”.
Como que para ilustrar nossa conversa, chegou-se a nós, providencialmente, outro brasileiro. E um brasileiro com história:
- Eu estava ali agora mesmo, tomando um cafezinho, quando chega o Túlio. Conversa vai, conversa vem e coisa e tal e pá, pá, pá… Eu e a americana nos entreolhamos.
- Funciona como reticências – sugeri eu. – Significa, na verdade, três pontinhos. “Ponto, ponto, ponto.”
- Mas por que “pá” e não “pó”? Ou “pi” ou “pu”? Ou “etcétera”?
Me controlei para não dizer – “E o problema dos negros nos Estados Unidos?”.
Ela continuou:
- E por que tem que ser três vezes?
- Por causa do ritmo. “Pá, pá, pá.” Só “pá, pá” não dá.
- E por que “pá”?
- Porque sei lá – disse, didaticamente.
O outro continuava sua história. História de brasileiro não se interrompe facilmente.
- E aí o Túlio com uma lengalenga que vou te contar. Porque pá, pá, pá…
- É uma expressão utilitária – intervim. – Substitui várias palavras (no caso toda a estranha história do Túlio, que levaria muito tempo para contar) por apenas três. É um símbolo de garrulice vazia, que não merece ser reproduzida. São palavras que…
- Mas não são palavras. São só barulhos. “Pá, pá, pá.”
- Pois é – disse eu.
Ela foi embora, com a cabeça alta. Obviamente desistira dos brasileiros. Eu fui para o outro lado. Deixamos o amigo do Túlio papeando sozinho.
Autor: Luís Fernando Verissimo






O reformador do mundo

Que sujeito esquisito,
era Américo Pisca-Pisca,
colocava defeito em tudo
que estava em sua vista!!

“Eta, mundo todo errado”,
o velho homem dizia –
“a natureza só faz besteiras
e todo mundo se admira.”

“Você é louco, Américo,”
resmungava sua mulher,
“a natureza é perfeita,
só não vê quem não quer”.

“Pois então te dou exemplo,
você não vai duvidar,
olhe aqui em sua frente,
bem no nosso pomar.”

“Veja  a jabuticabeira
enorme de tronco encorpado,
sustenta frutas tão pequeninas,
que fico inconformado !!”

“Olhe agora a abóbora,
mais uma grande asneira,
ficar presa bem no caule
de uma planta rasteira.”

A mulher ouvia calada,
não sabia argumentar
e o Pisca-Pisca animado,
continuava a filosofar.

“Não tenho razão, mulher?
Se as coisas eu fosse reorganizar
aboboreira e jabuticabeira
mudariam de lugar !!”

A mulher torceu o nariz,
o  jantar foi preparar.
Pisca-Pisca aproveitou
pra uma soneca tirar.

À sombra da jabuticabeira
dormiu e até sonhou,
que reformava o mundo inteiro
como sempre desejou.

De repente, plaf!
Assustado ele acordou,
uma jabuticaba caiu do galho
e no nariz lhe acertou.

E Américo Pisca-Pisca,
que o mundo achava malfeito,
chegou a uma conclusão:
“O mundo é mesmo perfeito.”

“Se arrumasse o mundo,
do jeito que eu queria,
seria a primeira vítima
das minhas inventorias.”

“ Uma abóbora caindo do galho,
bem direto na minha cabeça ...
melhor deixar as coisas como estão
sou é mesmo um velho besta!”

Pisca-Pisca viveu muito tempo,
piscando pela vida afora,
apreciando a natureza
deixando de lado a reforma.
 
domínio público



Ou isto ou aquilo
(Cecília Meireles)

Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo…
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.






O ladrão de Bodes

     Diz que, uma vez, um homem roubou meia dúzia de bodes. Tranquilo, continuou tocando a vida. Como a justiça tarda mais não falha, foi  chamado a chamado a prestar contas diante do juiz.

      Receoso, procurou seu compadre, e perguntou-lhe o que deveria dizer para escapar do castigo:
      - É fácil-  disse o compadre.
      - A cada pergunta do juiz comesse a berrar feito um bode.
      E assim ele fez. Quando o juiz lhe perguntou:
      - Então, o senhor é o responsável pelo delito?
      O homem respondeu:
      - BÉÉÉÉÉÉ!
      - O senhor não entendeu. Quem gritava assim eram os bodes enquanto o senhor os levava. Eu quero saber se foi o senhor que roubou os bodes! - insistiu o juiz.
      E mais uma vez, o ladrão de bodes respondeu:
      - BÉÉÉÉÉÉÉÉ!
      Os jurados concluíram que o homem não estava em seu juízo perfeito e o absorveram da acusação.
       Quando voltava para casa, encontrou o compadre, que foi logo lhe dizendo:
       - Pois é, compadre, como você está livre por causa da minha esperteza, quero a metade dos bodes como pagamento da minha boa ideia.
        O ladrão de bodes prontamente respondeu:
        -BÉÉÉÉÉÉÉÉÉ!






O Bêbado culto...   

Riqueza semântica

Um político que estava em plena campanha chegou a uma  cidadezinha, subiu em um caixote e começou seu discurso:

-  Compatriotas, companheiros, amigos! Nos encontramos aqui convocados, reunidos ou ajuntados para debater, tratar ou discutir um  tópico, tema ou assunto, o qual é transcendente, importante ou de vida ou morte. O tópico, tema ou assunto que hoje nos convoca, reúne ou ajunta, é  minha postulação, aspiração ou candidatura à Prefeitura deste Município.

De repente, uma pessoa do público pergunta:

- Escute aqui, por  que o senhor utiliza sempre três palavras para dizer a mesma coisa?

O candidato responde

- Pois veja, meu senhor: A primeira palavra é para  pessoas com nível cultural muito alto, como poetas, escritores, filósofos etc.  A segunda é para pessoas com um nível cultural médio como o senhor e a maioria  dos que estão aqui. E a terceira palavra é para pessoas que têm um nível cultural muito baixo, pelo chão, digamos, como aquele bêbado ali jogado na  esquina.


De imediato, o bêbado se levanta cambaleando e responde:

- Senhor postulante, aspirante ou candidato! (hic) O fato, circunstância ou razão de que me encontre (hic) em um estado etílico, bêbado  ou mamado (hic) não implica, significa, ou quer dizer que meu nível (hic) cultural seja ínfimo, baixo ou ralé mesmo (hic). E com todo o respeito,  estima ou carinho que o Sr. merece (hic) pode ir agrupando, reunindo ou ajuntando (hic), seus pertences, coisas ou bagulhos (hic) e encaminhar-se,  dirigir-se ou ir diretinho (hic) à leviana da sua genitora, à mundana de sua mãe biológica ou à puta que o pariu!


Mexe com quem tá quieto!!!




Manual do Bêbado

Hoje é Sexta , hoje é dia de encher a cara então este post é dedicado aos meus leitores  Bebuns de Plantão, ei por acaso alguém sabe se o Filipe sobreviveu ao carnaval? HUAHUA



Coisas que são DIFÍCEIS de dizer quando você está bêbado:
– Indubitavelmente.
– Preliminarmente.
– Proliferação.
– Inconstitucional.
_____

Coisas que são EXTREMAMENTE DIFÍCEIS de dizer quando você esta bêbado:
– Especificidade.
– Transubstanciado.
– Verossimilhança.
– Três tigres.
_____

Coisas que são TOTALMENTE IMPOSSÍVEIS de dizer quando você está bêbado:
– Puta merda que menina feia!!!!
– Chega, já bebi demais.
– Sai fora, você não é o meu tipo…
_____

Como agir quando bebeu demais e está com os seguintes sintomas:
SINTOMA: Pés frios e úmidos.
CAUSA: Você está segurando o copo pelo lado errado.
SOLUÇÃO: Gire o copo até que a parte aberta esteja virada para cima.

SINTOMA: Pés quentes e úmidos.
CAUSA: Você fez xixi.
SOLUÇÃO: Vá se secar no banheiro mais próximo.

SINTOMA: A parede a sua frente está cheia de luzes.
CAUSA: Você caiu de costas no chão.
SOLUÇÃO: Coloque seu corpo a 90 graus do solo.

SINTOMA: O chão está embaçado.
CAUSA: Você está olhando para o chão através do fundo do seu copo vazio.
SOLUÇÃO: Compre outra cerveja ou similar.

SINTOMA: O chão está se movendo.
CAUSA: Você está sendo carregado ou arrastado.
SOLUÇÃO: Pergunte se estão te levando para outro bar.

SINTOMA: O local ficou completamente escuro.
CAUSA: O bar fechou.
SOLUÇÃO: Pergunte ao garçom o endereço de sua casa.

SINTOMA: O motorista do táxi é um elefante rosa.
CAUSA: Você bebeu muitíssimo.
SOLUÇÃO: Peça ao elefante que o leve para o hospital mais próximo.

SINTOMA: Você está olhando um espelho que se move como água.
CAUSA: Você está para vomitar em uma privada.
SOLUÇÃO: Enfie o dedo na garganta

SINTOMA: As pessoas falam produzindo um misterioso eco.
CAUSA: Você está com a garrafa de cerveja na orelha.
SOLUÇÃO: Deixe de ser palhaço.

SINTOMA: A danceteria se move muito e a música é muito repetitiva.
CAUSA: Você está em uma ambulância.
SOLUÇÃO: Não se mova. Possível coma alcoólico.

SINTOMA: A fortíssima luz da danceteria está cegando seus olhos.
CAUSA: Você está na rua e já é dia.
SOLUÇÃO: Tente encontrar o caminho de volta para casa.

SINTOMA: Seu amigo não liga para o que você fala.
CAUSA: Você está falando com uma caixa de correios.
SOLUÇÃO: Procure seu amigo para que ele te leve para casa.

SINTOMA: Seu amigo não pára de falar repetidamente as mesmas palavras
CAUSA: Você está falando com o cachorro do vizinho
SOLUÇÃO: Pergunte a ele onde é sua casa.


Disponível em: < http://recebiporemail.com.br/2010/02/manual-do-bebado.html> Acessado em: 15/11/2014.



Galo Baiano 



Um fazendeiro tinha um galinheiro com 180 galinhas e estava procurando um bom galo para reproduzir.
Um dia, ele vai a uma agropecuária e diz para o vendedor:


- Procuro um bom galo capaz de cobrir as minhas 180 galinhas.


O vendedor puxa uma gaiola com um galo enorme, musculoso, com a crista de pé, de topete, olhos azuis e uma tatuagem dos Rolling Stones no peito, e
diz: Leva esse aqui, o Alberto. Ele não falha.

O fazendeiro leva o galo e, no dia seguinte, pela manhã, solta o galo no galinheiro.
O galo sai correndo, pega a primeiragalinha, e dá duas sem tirar. Pega a segunda, dá a primeira, e quando está já na segunda.... cai frito.


O fazendeiro volta na loja e grita:
- Este galo puto comeu duas galinhas e capotou.

 
O vendedor se desculpou e puxou outro galo: Preto, de crista amarela, olhos cinzas e tênis da Nike.
- Esse aqui é o Fernando. Não falha nunca. O fazendeiro volta com o galo e repete a história: solta o bicho no galinheiro, e o galo sai alucinado: come a primeira galinha de pé, pega a segunda e traça, na terceira ele faz o 69 e quando estava bombeando a quarta, cai morto no meio do galinheiro.

 
O fazendeiro, emputecido, volta na loja e diz:
- Escuta aqui, ô filho da mãe aquele galo broxa caiu morto. É melhor você me vender um galo decente ou vou tocar fogo nesta merda.


Então o vendedor puxa um galo desnutrido, sem crista nem penas,com olheiras, corcunda, com tênis Bamba de lona e uma camisa azul claro que dizia 'Orgulho de ser Baiano' e diz ao fazendeiro:
- Olha, é só o que me resta. O nome dele é Gaudêncio e chegou por engano num carregamento que veio da Bahia.

 
O fazendeiro, puto da vida, leva o galo pensando: 'O que vou fazer com este galo Baiano, todo franzino?
Chegando na fazenda, solta o Gaudêncio no galinheiro:
O galo tira a camisa e sai enlouquecido traçando as 180 galinhas de uma vez só....Da uma respirada....... e traça as 180 galinhas de novo...
Sai correndo e pega o pastor alemão.....Aí o fazendeiro pega ele, dá dois sopapos e para acalmá-lo, acaba trancando-o na gaiola.

 
- Caramba, que fenômeno! As galinhas ficaram doidonas!

No dia seguinte solta o bicho de novo: o galo sai faturando tudo que vê:
o cachorro, o porco e duas vacas.... O fazendeiro corre, pega ele pelo pescoço, dá uma chacoalhada para acalmá-lo e joga ele na gaiola de novo......

 
No terceiro dia, o fazendeiro encontra a gaiola toda arrebentada, as galinhas com as xanas para cima, o porco com o rabo pro sol, bodes passando Hipoglós na bunda, uma capivara mancando, um pônei sentado no gelo..... Até que, de repente, distância, vê o Gaudêncio caído no chão e os urubus voando em círculos sobre o pobre galo...

- Nããããooo ....O Gaudêncio morreeeuuu ....o meu Gaaauuudêêênnnciiiooo!
O melhor galo do mundo!


No meio do lamento e da choradeira, cuidadosamente o Gaudêncio abre um olho, olha para o fazendeiro, pisca e diz:


- SILÊNCIO Ô FIO DUMA ÉGUA! AQUELAS CRIÔLAS TÃO QUASE DESCENDO AQUI! 

 
Disponível em: http://carcara-ivab.blogspot.com.br/2011/04/o-galo-baiano.html Acessado em: 28/01/2015.



Escrevendo Muderno
João Ubaldo Ribeiro

A nível de governo, acho maravilhosa a idéia de resgatar o português, atualmente tão relegado a favor do inglês. Acho também maravilhoso achar que pelo menos 90% da população concorda que essa medida, pois essa medida, ela é fundamental para resgatar nossa cultura, hoje tão penalizada pelo domínio do inglês. Mas também acho que essa nova lei, ela não pode se colocada a nível de povo propriamente dito, porque, apesar de maravilhosa em sua intenção, de boas intenções o inferno, ele está cheio. Como citei acima, nada tenho contra o governo, ele emitir suas próprias normas, aplicáveis aos funcionários dele e aos documentos dele.
Porém, a nível corporativo, acho que o governo, ele deveria reconsiderar tal decisão, porque a globalização, ela não pode ser brecada, não importa os antigos, que persistem no seu nacionalismo ultrapassado. Basta colocar o assunto objetivamente para se obter um insight maravilhosamente simples: a nível corporativo, o inglês já é universal, ao ponto de que já há - e de certa forma sempre houveram - empresas que exigem, ao nível médio de seus funcionários, o conhecimento da língua de Shakespear, até mesmo em função do processo irreversível, a nível de informática.
Coloco também que, a nível de fala popular, esta lei, ela com certeza terá o mesmo destino que sobreviveuu a tantas outras, de não pegar, ou seja, a lei, ela corre o risco de nunca ser aplicada. Vou ir mais longe: esta lei, ela não vai pegar na população, pois a verdade é que ela só iria penalizar os que usam termos em inglês ou inglesificados, que hoje são maioria, isto devido de que a língua portuguesa, ela não tem a capacidade de expressão da língua bretã, necessitando então de que usemos o vocabulário inglês. Seria maravilhoso que nós tivéssemos uma língua capaz de expressar nossas idéias tão maravilhosamente quanto o inglês, ele é capaz de fazer.
Não nego, o mérito de nossos artistas, que hoje atinge um nível maravilhoso. Na verdade, devo colocar a ressalva de que acho que os nossos artistas, eles são, em sua grande maioria, maravilhosos, principalmente na televisão, este poderoso meio de comunicação. Menos verdade seria declarar o contrário. Mas a realidade é que a língua portuguesa, ela não é circunsquita a televisão, e ela é do povo em geral. E, mesmo na televisão, ela perde bastante do inglês, que é uma língua muito mais apropriada para o diálogo do que o português. I love you, ele tem o som super mais natural do que eu te amo. Muitos negam isso para não ir ao encontro dos nacionalistas que dominam as mídias, mas, se a pessoa for examinar bem sua consciência, verá que estou super coberto de razão.
Na música, é a mesma coisa. A nossa música, ele é reconhecidamente rica, com supertalentos maravilhosos, que eu adoro. Adoro, não. Muito mais que isso, eu amo a música brasileira, do funk ao axé e seria tapar uma peneira com o sol querer negar como são maravilhosos artistas do porte de Chico Buarque, Caetano Veloso e tantos outros que me não deixam (o que atrai o pronome - mas ninguém fala assim, ou sejam, as regras por si só não querem dizer nada, o que se vem de encontro as minhas afirmações anteriores), que me não deixam mentir.
Mas, contudo, a verdade é que a grande música é em inglês e sempre foi, através por seus maravilhosos intérpretes, do saudável Frank Sinatra ao superturbinado Michael Jackson. A lista dos grandes artistas americanos é inenumerável, de tão longa. E vamos pensandoo com objetividade, a nível de racional, sem posicionamentos baseados em preconceitos super sem sentido: a música brasileira, com todos os seus talentos, é meia medíocre, se defrontada com a música americana. Alguém, a guisa de exemplo, pode imaginar um clássico como “Night and Day” cantado em português? Não dá.
A nível de literatura, nossa língua, vamos reconhecer, ela não tem ninguém que chegue perto do já mencionado maravilhoso Shakespear. E onde está, por exemplo, o nosso Stephen King? Vamos catando por aí e a ninguém chegaremos com tal estrutura supermaravilhosa de talento literário. Pode-se alegar que temos um Machado de Assis, mas hoje, ao contrário do próprio Shakespear, que qualquer um pode ir no teatro e entender, são raros os que podem ler Machado de Assis, que, apesar de seu grande valor, usa uma linguagem superultrapassada, que já foi maravilhosa em seu tempo, mas esse tempo, vamos colocar as coisas em esenção, ele já é super antigo, não importe o quanto já foi maravilhoso.
Haveriam muitas mais coisas a colocar a respeito dessa lei, mas a falta de espaço penaliza a quem almeija de esgotar determinado assunto num espaço superlimitado. Está certo, o brasileiro, ele é um povo superalegre, superbom, supercordial, um povo efetivamente maravilhoso. Mas sua língua, ela já era, e tem exemplos claros desse fato, como qualquer pessoa que vá na Barra da Tijuca poderá atestificar. Ao invés de ficar se preocupando com esses assuntos que já foi vencido pela globalização, os nossos políticos, eles deviam era de estarem preocupando-se com a fome, a inclusão social, ou sejam, coisas que de fato interessa. Eu diria mesmo de que essa lei é fruta de falta de ter o que fazer, porque, se não pudemos nos livrarmos de tantas mazelas herdadas da colonização portuguesa, pudemos pelo menos nos livrar de uma língua que nos isola do mundo e atrapalha nossa ascensão como povo. Que o governo lhe conserve, tudo bem, seria uma tradição louvável. Todavia, porém, posso concluir garantindo super com certeza: se essa lei fosse submetida a um plebiscito, não exito em fazer uma previsão, no meu ver, supercorreta. Essa lei, ela seria rejeitada por praticamente toda a população, sem exceção. Mas não, tudo indica que será aprovada. Durma-se com um barulho destes.

Disponível em: http://www.filologia.org.br/vcnlf/anais%20v/civ2_03.htm Acessado em: 12/01/2015.



Escrito na Areia



 Diz uma história que dois amigos caminhavam no deserto. Diz uma história que dois amigos caminhavam no deserto. A certa altura da viagem começaram a discutir e um dos amigos deu uma bofetada ao outro. Angustiado, mas sem nada dizer, escreveu na AREIA: O MEU MELHOR AMIGO DEU-ME HOJE UMA BOFETADA. Seguiram, caminhando até que chegaram a um oásis, onde decidiram tomar banho. O amigo que havia sido esbofeteado começou a afogar-se, mas o seu amigo salvou-o... Depois de se recuperar, escreveu numa pedra: O MEU MELHOR AMIGO HOJE SALVOU A MINHA VIDA. -O amigo que havia esbofeteado e salvo o seu melhor amigo perguntou: Quando estavas angustiado escreveste na areia e agora, escreveste numa pedra. Por quê? -O outro amigo respondeu-lhe: Quando alguém nos faz mal devemos escrever isso na areia para que os ventos do perdão façam desaparecer a frase. Mas quando alguém faz algo de bom por nós, devemos gravar isso em pedra para que nenhum vento o faça desaparecer! Aprenda a escrever as tuas FERIDAS na AREIA e a GRAVAR em PEDRA os MOMENTOS FELIZES bem como a tua SORTE! “Dizem que leva um minuto a encontrar uma pessoa especial, uma hora para apreciá-la, um dia para amá-la, mas uma vida inteira para esquecê-la.” Tenho sido HONRADO com a AMIZADE de muita gente MARAVILHOSA. Entre elas esta você meu amigo. Considere isto “GRAVADO em PEDRA!” O perdão incomoda porque nos faz andar pra frente... JESUS disse: "Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas" (Mateus 5:41). “Ninguém considera a sua ventura superior ao seu mérito, mas todos se queixam das injustiças dos homens e da fortuna.” -- Marquês de Maricá ‎"Não abandones o teu amigo, nem o amigo de teu pai, nem entres na casa de teu irmão no dia da tua adversidade. Mais vale o vizinho perto do que o irmão longe." Provérbios 27:10




Como estamos na "Era Digital", foi necessário rever os velhos ditados existentes e adaptá-los à nova realidade.

1. A pressa é inimiga da conexão.
2. Amigos, amigos, senhas à parte.

3. A arquivo dado não se olha o formato.

4. Diga-me que chat  frequentas e te direi quem és.

5. Para bom provedor uma senha basta.

6. Não adianta chorar sobre arquivo deletado.

7. Em briga de namorados virtuais não se mete o mouse.

8. Hacker que ladra não morde.

9. Mais vale um arquivo no HD do que dois baixando.

10. Mouse sujo se limpa em casa.

11. Melhor prevenir do que formatar.

12. Quando um não quer, dois não teclam.

13. Quem clica seus males multiplica.

14. Quem com vírus infecta, com vírus será infectado.

15. Quem envia o que quer, recebe o que não quer...

16. Quem não tem banda larga, caça com discada.

17. Quem semeia e-mails, colhe spams.

18. Quem tem dedo vai a Roma.com

19. Vão-se os arquivos, ficam os backups.

20. Diga-me que computador  tens e direi quem és.

21. Uma impressora perguntou para a outra: - Essa folha é sua ou é impressão minha?

22. Aluno de informática não cola, faz backup.

23. Na informática nada se perde, nada se cria. Tudo se copia... E depois se cola.

 Disponível em: < https://www.facebook.com/euodeiogentelerda/posts/484888808250881> Acessado em: 28/01/2015.



SERÁ QUE A MUDANÇA VALEU A PENA?
E tudo mudou...

Por: Veríssimo, Luiz Fernando

E tudo mudou...
O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss
O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib, Que virou silicone

                     A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
                     A escova virou chapinha
                    'Problemas de moça' viraram TPM
                     Confete virou MM

A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose.
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou musse
Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal

                   Ninguém mais vê...
                   Ping-Pong virou Babaloo
                   O a-la-carte virou self-service

A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão

                   O que era praça virou shopping
                   A areia virou ringue
                   A caneta virou teclado
                   O long play virou CD

A
fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email

                   O namoro agora é virtual
                   A cantada virou torpedo
                   E do 'não' não se tem medo
                   O break virou street
                   O samba, pagode
                   O carnaval de rua virou Sapucaí
                   O folclore brasileiro, halloween
                   O piano agora é teclado, também

O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico
Bicicleta virou Bis

                  Polícia e ladrão virou counter strike

Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato

                  Chico sumiu da FM e tv

Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...
A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!

                 A maconha é calmante

O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...
... De tudo.

Inclusive de notar essas diferenças.

(Luiz Fernando Veríssimo)




Baiano

Baiano não fica solteiro, ele fica "solto na bagaceira". (que linda palavra)rsrsrs...
Baiano não conserta, ele "imenda".
Baiano não bate, ele 'senta-le' a mão.
Baiano não bebe um drink, ele "toma uma".
Baiano não é sortudo, ele é "cagado". (kkkkkk)
Baiano não corre, ele "dá uma carreira".
Baiano não malha os outros, ele "manga".
Baiano não percebe, ele "dá fé". ( a melhor de todas)
Baiano não sai apressado, ele sai "desembestado". (adoro essa palavra)
Baiano não aperta, ele "arroxa".
Baiano não dá volta, ele "arrudeia". (a melhor do dicionário)
Baiano não se irrita, ele se "reta".>
Baiano não ouve barulho, ele ouve " uma zuada".
Baiano não quebra algo, ele "tora".>
Baiano não fica triste, ele fica "encabulado".>
Baiano não desconhece seus conterrâneos , ele pergunta "é Fi de quem?".
Baiano não dá bronca, dá "carão".
Baiano quando não casa, ele fica "amigado".
Baiano não é mulherengo, ele é "raparigueiro".
Baiano não se dá mal, "se lasca todinho".
Baiano quando se espanta não diz: - Xiiii! Ele diz: Oxe! Oxente !
Baiano não briga, "Quebra o pau".
Baiano não fica bravo, fica "virado". 
Baiano não fica apaixonado, ele "arrêia os pneus".
Roupa de baiano não fica amassada fica “machucada”
Agora... eu que mandei isso pra tu..
Vê se repassa pros Baiano todim...!
  


Disponível em: https://www.facebook.com/Obaiano/posts/350656334967926 Acessado em: 28/01/2015.




domingo, 18 de janeiro de 2015



ONDE O SILÊNCIO SE CALA

Por: José Gomes da Silva

Palavra-texto, de significado compreensível até mesmo por quem não tem nenhum nível de escolaridade, SILÊNCIO era, outrora, comum de ser encontrada em clínicas e hospitais. Hoje nesses ambientes o silêncio tem sido relegado ao ostracismo. Ele não é encontrado nas clínicas e nos hospitais onde há ininterruptamente televisores ligados, exclusivamente na Globo, num privilégio desleal às outras emissoras do país, haja vista que, por exemplo, o programa Mais Você em nada interessa a um paciente que está à espera de um atendimento, quase sempre demorado e que custa horas de paciência ou impaciência. A programação televisiva se mistura com as conversas entre pacientes com ou sem acompanhantes, nas salas de espera, e com as chamadas dos celulares cujos portadores, em certos casos, com suas vozes graves e em tom muito elevado, não têm a devida educação para o discurso, nem sabem distinguir o ambiente de outros, “soltam o verbo” sem qualquer senso de respeito pelo lugar onde o silêncio deveria ser cultuado em benefício dos doentes. Some-se aos citados atos o “ploc ploc” dos saltos dos calçados de muitas funcionárias, no vai e vem pelos corredores,  e o “plac plac” dos chinelos de do de certos pacientes ou acompanhantes, além da conversa inoportuna de assuntos pessoais, numa flagrante demonstração de insensatez, de inconsequência e de falta de instrução para seus cargos e da ausência do comportamento que tais locais carecem.
No processo de perda dos bons valores que caracteriza o homem dessas primeiras décadas do século XXI, o silêncio, onde se faz necessário, também se perde no meio das incoerências que até resultam na piora do estado de saúde de quem acorre às aludidas instituições.
Para onde foram as placas com o dístico “SILÊNCIO, HOSPITAL” e similares?

Música ilustrativa:

O Silêncio Está Cantando

Composição e Voz: Padre Zezinho
O silêncio está cantando uma canção de amor e paz.
O silêncio está rezando uma oração por seu irmão.

Muita gente vive sem amor e tem solidão,
mas aqui nesta casa do Senhor
solidão não existe não,
solidão não existe não.

O silêncio está gritando, pedindo paz, gritando amor.
O silêncio está falando, põe teu amor, no teu Senhor.

Muita gente vive sem amor e tem solidão,
mas aqui nesta casa do Senhor
solidão não existe não,
solidão não existe não.

Disponível em: < http://letras.mus.br/padre-zezinho/692696/> Acessado em: 04/01/2015.